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Família aguarda desfecho quatro anos após morte de idosa

Adelaide Lavanini - 6 de julho de 2023

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A família da senhora Maria José Camargo da Silva aguarda desfecho quatro anos após a morte da idosa. A audiência está marcada para sexta-feira (7), a partir das 13h30, no fórum barretense. O réu é acusado do crime de latrocínio (roubo seguido de morte) praticado no dia 6 de junho de 2019 na casa da vítima que morreu dia 13 de junho, na Santa Casa.



Desde então, a família conseguiu o desarquivamento do processo e luta para que o culpado seja punido. Antonieta Freitas, nora da vítima, disse que o julgamento dará uma resposta concreta para acabar o sofrimento dos familiares. “Esse assunto judia de todos, só queremos justiça e se não batalhássemos provavelmente esse caso não teria resposta”, disse.

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Em 2021, a pedido da família, o caso foi reaberto e a polícia chegou até o principal suspeito. “Foram quatro anos relembrando tudo, colocando o dedo na ferida em uma situação impossível de aceitar, essa pessoa não pode continuar na sociedade”, ponderou. A família fez diligências por conta própria, coordenou a campanha “Quem matou dona Maria José Camargo Silva” e espalhou outdoors por toda a cidade.

“Tem que sair um resultado desse julgamento, mas se não for favorável iremos continuar nossa luta. Esse crime nos destruiu e deixou todos os filhos doentes”, disse Antonieta.

O advogado Chafei Amsei Neto atuará no julgamento como assistente de acusação que será conduzido pela 1ª Vara Criminal de Barretos. O acusado do crime tem passagens pela Polícia Civil por tráfico de drogas, inclusive responde por esse crime.


RELEMBRE O CASO: A senhora Maria José foi encontrada em sua residência desacordada e com ferimentos graves. As investigações preliminares apontavam uma queda acidental como causa da morte. No entanto, os familiares notaram a falta de uma televisão e, desde então, afirmam ser um latrocínio (roubo seguido de morte). A família também não concordou com a tese de morte acidental já que os ferimentos incluem afundamento do crânio, fraturas e cortes profundos na face.


TRISTEZA: O filho Osmar Camargo disse que a morte da mãe arruinou a vida de todos, com desgastes emocionais, físicos e financeiros. “Só passando por isso para entender, o que fizeram com minha mãe foi uma atrocidade, os machucados que ela teve são surreais”, disse. “Temos um vasto material para comprovar que foi um crime bárbaro e não estamos inventando nada”, finalizou.