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Gratidão

Diocese de Barretos - 8 de janeiro de 2025

Gratidão

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Por Pe. Flávio Aparecido Pereira, Vigário Paroquial Catedral Barretos

Por diversas vezes, nos voltamos para Deus e lhe fazemos pedidos. Fazemos a Ele súplicas e até mesmo promessas, que, instintivamente, saem no calor do momento; talvez, delas nos arrependamos, por não conseguirmos cumpri-las, mas mesmo assim, as fazemos. No entanto, ao alcançar a graça pedida, o que não ocorre, em alguns casos, é a gratidão; o ato de agradecer, não pode ser esquecido mesmo que o mundo imponha um ritmo tão acelerado que tal singelo ato se torna esquecido, arcaico e obsoleto.

A gratidão é um modo de reconhecer o que, com grande benevolência, nos fora feito; é devolver para o outro, em palavras, o que por gesto foi concedido a nós; é, antes e acima de tudo, um gesto de amor.

Quando Jesus cura dez leprosos, Ele os pede para que se apresentem ao sacerdote, a fim de que este ateste a cura; enquanto caminham os dez ficam curados, no entanto, apenas um retorna e rende graças a Deus, prostando-se diante de Jesus, para o agradecer pela cura que lhe fizera, e ainda, este era um samaritano (Lc 17,11-19). A atitude de Cristo diante da gratidão daquele homem foi lhe dizer “vai, a tua fé te salvou”.

Nem sempre a gratidão é expressa e manifestada por meio de palavras, e para compreender isso, basta olhar a atitude daquele samaritano curado, ele se prostra diante de Jesus, reconhece nEle o Salvador. Onde estavam os outro nove? Continuaram sua vida, como se o extraordinário que lhes aconteceu fosse algo cotidiano, rotineiro e natural, sem grande importância. 

Não existe uma fórmula única para que a gratidão seja demonstrada: um sorriso, uma palavra, um telefonema, um olhar, um abraço ou até mesmo a companhia desinteressada podem ser exemplos de gratidão expressadas na prática.

Ao contemplarmos o dia, percebemos que diante de nós há vinte-quatro horas que nos possibilitam agradecer, seja pela vida, pela saúde, pelo próprio dia, pelo alimento, pela família, pelas bênçãos e pelas inúmeras possibilidades que ainda teremos diante de nós.

 Um pouco de gratidão para com Deus por tudo que Ele concede a nós faz com que ouçamos a frase de Jesus dita ao samaritano curado “vai, a tua fé te salvou”. No entanto, a ingratidão faz com que continuemos a olhar para frente, sem O reconhecer como Senhor que nos possibilita, por meio da cura interior, um novo começo.

Diante de Deus e das infinitas possibilidades, que nos cumulam de graças e bênçãos, apenas uma coisa há que podemos fazer: agradecer!