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Henrique chama candidato Raphael de “palhaço” após ser rotulado de “coronel”

Adelaide Lavanini - 13 de setembro de 2024

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Raphael diz que críticas estão baseadas em indicadores da satisfação dos munícipes

https://youtu.be/YPeNSfFXtz0

O gestor do Hospital de Amor, Henrique Prata, reagiu aos ataques feitos pelo candidato a prefeito Raphael Oliveira (PP), durante o debate na Vale TV. Raphael afirmou que Henrique atua como um "coronel da saúde" e prometeu, se eleito, encerrar os contratos das unidades de saúde geridas pela Fundação Pio XII e também da UPA. “Sou o único candidato contra o sistema dos coronéis que assola nossa cidade há muitos anos, vamos trabalhar para encerrar o monopólio da saúde e do senhor Henrique Prata e a UPA e Unidades de Saúde vão retornar para a gestão da prefeitura”, disse Raphael.

Números

Henrique apresentou gráficos que mostram 95% de resolutividade nas unidades de saúde sob gestão da Fundação Pio XII. “É decepcionante ver um jovem tão ignorante em questões de saúde. Se ele me chamou de coronel, eu o chamo de palhaço”, disparou Henrique. Ele também afirmou que Raphael já havia sido instruído sobre o funcionamento do sistema de saúde e que se ofereceu para manter a equipe atual caso o candidato fosse eleito. “Eu disse a ele que não se pode brincar com saúde e se brincar igual a prefeita isso só trará mais problemas”, criticou Henrique.  “Se ele deseja fazer um trabalho honesto, precisa ouvir os mais velhos e especialistas. Minha equipe está à disposição de qualquer um que vença as eleições e tenho força tanto no governo federal quanto estadual”, completou.

Bobagens

O gestor afirmou que o candidato Raphael Oliveira disse bobagens sobre a saúde no debate e que, como não entendeu as explicações, está levando o assunto na brincadeira. “Se for eleito e tiver humildade, todos irão colaborar. Mas, se ele continuar com essa demagogia, ele que continue brincando”, ressaltou. Henrique ressaltou que está disposto a colaborar com o próximo prefeito, independentemente de quem seja, mas fez um alerta.  “Quem brincar não vamos ajudar em nada, temos que dar as mãos para Barretos não passar o ridículo de ser inferior às outras cidades, inclusive com essa mentalidade de chamar os outros de coronel”, finalizou.

Outro lado

O candidato a prefeito Raphael Oliveira (PP) manifestou-se, através de sua assessoria de imprensa sobre o pronunciamento de Henrique Prata, citando que suas críticas se baseiam nos indicadores de satisfação da população. Confira a íntegra da manifestação: O atendimento da saúde primária - UPA, Unidades de Saúde, SAMU - é de responsabilidade dos municípios, conforme atribuição constitucional. Em Barretos, por meio de chamamento público, entidades do terceiro setor participaram e venceram para a gestão dos serviços. Contudo, na prática, os serviços têm deixado a desejar. As pessoas que mais precisam enfrentam grande sofrimento, como longas filas na UPA, falta de médicos especialistas e espera de até um ano para atendimento em especialidades.


A UPA conta apenas com médicos residentes, sendo necessário ampliar o número de profissionais experientes para atender casos mais complexos. Além disso, o Pronto Socorro da Santa Casa, hospital de especialidades, foi fechado, deixando as pessoas em situação de urgência e emergência sem para onde serem encaminhadas. A UPA destina-se apenas ao primeiro atendimento, não à média e alta complexidade. Assim, as críticas do vereador Raphael Oliveira são fundamentadas nos indicadores de satisfação da população, que clama por mudança e por um mínimo de dignidade e atenção em um momento de fragilidade na saúde.


Ele foi o vereador que mais fiscalizou a UPA e os serviços municipais de saúde, incluindo UBSs e ambulatórios. Considerando que as pessoas não estão sendo atendidas adequadamente, o plano de governo do candidato prevê a conclusão dos contratos em andamento e a retomada pela Prefeitura desses serviços. Isso inclui a realização de mutirões, contratação de mais médicos para os postos de saúde e UPA, além da contratação de especialistas. O rompimento desse sistema que persiste há anos e não atende às expectativas da população é essencial para viabilizar essas melhorias.