(Continuação do artigo que foi publicado na terça feira, 23 de maio de 2023: “Homenagem aos aniversariantes de maio”, “Aluísio Jorge de Andrade Franco, e Luciano Junqueira Nogueira”.

Continuando: Luciano com seu trabalho artístico de “Óleo sobre telas, ganhou várias medalhas, sendo que a última, ganhou em uma exposição em São Paulo com o quadro intitulado: “Cavalo Árabe”.

Novamente falando de Aluísio Jorge de Andrade Franco: Quando descobriu que sua vocação era outra, vai para São Paulo levando as imagens da sua infância e adolescência, observadas no dia a dia da Aristocracia Rural, onde sempre esteve  inserido, embora não concordasse com seus métodos. Lá então encontra sua verdadeira vocação: “O Teatro”, transformando-se em um dos maiores Teatrólogos do Brasil, levando o nome da sua cidade para além das suas fronteiras. Entra na Faculdade de Direito onde cursou apenas dois anos. Depois tentou a Escola de Cadetes de Fortaleza, no Ceará. Retornou a Barretos em 1950 e voltou para São Paulo. Ainda estava à procura do seu “Eu”. Conheceu Cacilda Becker, talvez a maior dama do teatro brasileiro, após assistir à peça “O Anjo de Pedra”, de Tenessi  Willians, quando a visitou em seu camarim. Aconselhado por ela resolve cursar a Escola de Arte Dramática de São Paulo, e aí então encontra o seu caminho. Conversando com ela, Cacilda Becker o convenceu dizendo que ele tinha muito mais vocação para autor teatral do que para ator. Na década de 50 vai para os Estados Unidos e em Nova York, conhece o grande autor teatral Arthur Miller, marido de Marilyn Monroe que o aconselha a viver no interior. Volta para a sua cidade natal Barretos, e segue os conselhos do grande Autor Teatral. Com muito entusiasmo começa a escrever peças teatrais e descobre a sua vocação. Era tão grande o seu anseio, que atravessava noites escrevendo, conforme relatavam os seus vizinhos, escutando o barulho das teclas da sua máquina de escrever.  Foram muitas e muitas peças, e não dá para  relatá-las neste pequeno artigo. A mais importante e conhecida delas, e que o levou ao sucesso  no mundo artístico  foi “A Moratória”. Ela foi encenada no teatro pela grande atriz  Fernanda Montenegro, que se tornou uma das suas maiores amigas.

Na Moratória ele conta o drama vivido pela sua família na quebra do café; com este acontecimento os fazendeiros na época tiveram que pedir a Moratória, que significava  o perdão das suas dívidas feitas pelo financiamento; sem o lucro do café, não tinham como pagar o empréstimo. Foi emocionante e muito triste porque ele foi um dos personagens desta história. Até a minha futura sogra D. Lucília Junqueira Nogueira que era sua tia, fez parte deste drama. Depois desta viriam muitas outras, sempre muito premiadas.

(P. S. No livro que terminei de escrever, relato entre muitas outras coisas, a sua vida com todas as suas Obras).