Maria foi já muito venerada durante a vida, como por exemplo, pelo anjo Gabriel ao lhe anunciar sua escolha para gerar o Filho do Altíssimo: ele a chamou Cheia de Graça e Bendita entre todas as mulheres (Lc 1,26). Grande honra é para um ser humano poder oferecer homenagens a um anjo que lhe aparece; na Anunciação, não é um ser humano que saúda o anjo, mas o anjo que saúda um ser humano. Segue-se que Maria era uma criatura superior ao anjo, conforme Sto. Tomás de Aquino.

            Maria não recebeu menos honra de Santa Isabel: esta a chamou de Bem-aventurada e Mãe de Deus (Lc 1,42). A própria Maria acabou dizendo: todas as gerações me chamarão assim (Lc 1,48).

            A Igreja no exorta vivamente a exercer esse culto especial; normalmente, junto com a Oração do Senhor - o Pai Nosso, ensinada por seu Filho - em seguida normalmente acrescentamos a Ave-Maria, para que a honremos e peçamos sua proteção sempre, até à nossa morte. Ela já recebeu mais de mil títulos diferentes, por todas as nações, ao longo dos séculos; tornou-se Padroeira, o que ainda acontece, de milhares de templos, basílicas, capelas, instituições religiosas, associações, e mesmo nome de logradouros públicos e de empresas.

            Quadros, imagens, impressos... centros devocionais, procissões, o santo Rosário... missas votivas, dias especiais etc... e assim tudo se resume a este culto superior que lhe prestamos, acima de todos os anjos e santos, Afinal, ela é a Mãe de Deus e nossa! O Brasil a tem por padroeira.

            Consequentemente, é a Mãe da Igreja: na ocasião do Pentecostes, na vinda do Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, ela estava presente, com os apóstolos e discípulos, no cenáculo, em Jerusalém, dia considerado como o do nascimento da Igreja.