Esqueci minha senha
Jesus, que é Deus, o mais belo exemplo de Humildade

Diocese de Barretos - 13 de setembro de 2024

Jesus, que é Deus, o mais belo exemplo de Humildade

Jesus, que é Deus, o mais belo exemplo de Humildade

Compartilhar


(Por: Diácono Lombardi)

O homem humilde é aquele que reconhece o seu próprio nada e o nada de todas as coisas terrenas, e que procede em conformidade com esta convicção. E ele pode chegar à prática dessa virtude ao considerar a majestade de Deus na pessoa do Filho.

O mais belo exemplo de humildade foi-nos dado por Jesus Cristo: ainda que filho de Deus, unigênito, tomou a forma humana – forma de escravo, no dizer de São Paulo (Filipenses, 2). Viveu voluntariamente numa grande humilhação, muitas vezes contestado, ridicularizado, expulso de lugares, mas sempre condescendente com os humildes, os injustiçados, os explorados pelos poderosos. Finalmente, aceitou a vergonhosa morte na cruz, inocente, mas considerado um malfeitor, um subversivo. No entanto, fez de sua paixão e morte o resgate de todos nós junto ao Pai, abrindo-nos novamente a possibilidade de irmos morar nos céus.

Se o filho de um rei trabalhasse muitos anos para salvar seus súditos da escravidão, todo o mundo pasmaria da sua humildade; mas quanto maior não é a humilhação de Cristo na sua Encarnação? No santíssimo Sacramento do altar toma até a figura de um simples alimento. No seu batismo, ao mergulhar nas águas do Jordão, foi nos buscar na mansão dos mortos, onde nos encontrávamos afogados em nossas iniquidades, e nos trouxe de novo à vida, e então o Espírito Santo, que é Deus, apareceu sobre ele na figura de uma pomba, uma simples criatura. Jesus fez-se anunciar por João, o batista, como o Cordeiro de Deus que viria para tirar o pecado do mundo.

Para nascer, veio em uma família pobre, humilde. Não nasceu em palácio. Nem tinha um lugar para seu nascimento. Seu berço foi uma manjedoura, um coxo de alimentos para animais. Precisou, ainda bebê, ser protegido contra perseguições. A partir de sua infância, e depois como jovem e adulto, até completar cerca de trinta anos, foi carpinteiro, profissão que aprendeu de seu pai adotivo, José, e a exerceu o tempo todo para sua própria subsistência e de sua mãe, Maria.

Em sua missão, anunciando a Boa Nova, percorrendo grandes distâncias a pé, com os apóstolos, convivia com pessoas simples e sofredores, curando suas doenças, incluindo-as de novo na vida social, promovendo a dignidade das mulheres, sobretudo viúvas e crianças, convidando os pecadores a se converterem e a segui-lo rumo à salvação eterna. Por fim, declarou-se servo, e mostrou isso ao lavar os pés dos apóstolos, como se fosse um simples escravo, pois o novo mandamento que promulgou foi: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei; assim como vos lavei os pés, lavai os pés uns aos outros. Eu não vim para ser servido, para servir” (João 13).

Veja como Deus é extraordinariamente simples e humilde, embora seja o Senhor da Vida, Onipotente, Onisciente e Onipresente. Nós é que somos complicados.