Laranja não vira peixe por boiar na água
O Diário - 29 de agosto de 2024
Laranja não vira peixe por boiar na água
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Não é porque boia na água que a laranja se transforma em peixe. A frase literária abriga o conceito de que não é porque está em campanha eleitoral que o candidato se transforma num gestor político. Um “candidato laranja” não será um peixe no governo.
Na comunidade barretense, cada cidadão é chamado a ser um sujeito ativo e participativo, exercendo seu direito de voto consciente. O período de campanha eleitoral é o momento em que todo candidato coloca como prioritário a “vitória”. Não há outra razão mística, ideológica ou religiosa para o “candidato” do que vencer a corrida eleitoral. O foco eleitoral é vender a imagem de vencedor.
Não é o que acontece com o eleitor. A campanha deve servir ao cidadão como uma jornada com prazo determinando, utilizando todos os meios – intelectuais, emocionais e práticos – para conhecimento de si mesmo, discernir o contexto coletivo e assumir de maneira coerente e precisa sua contribuição plena. Não se trata de ser o herói, mas de não enganar a si mesmo.
A cidade é uma realidade a ser constantemente discernida, porque está sempre em transformação, em evolução e construção, considerando a importância da busca insistente de melhor condições de vida para todos. A campanha eleitoral municipal aparece então como uma real oportunidade para “olhar melhor” o “espaço local”, superar o fechamento, o comodismo e a indiferença do tanto faz, para respirar o aroma do sonho, sentir a atmosfera da esperança e o charme da alegria.
A campanha eleitoral municipal desperta os barretenses para os conceitos de que “o tempo é superior ao espaço”, a unidade prevalece sobre os conflitos, a realidade é mais importante que as ideias, o todo é superior à parte”. Justiça, paz, liberdade na cidade.