Mais de duas semanas após a suspensão, de fato, da coletiva seletiva de materiais recicláveis, a administração barretense informou o encerramento do contrato com a empresa até então responsável pelo serviço.

Datada de 6 de dezembro, a nota oficial esclarece que a autarquia “dará início aos trâmites necessários para a realização de um novo processo licitatório, garantindo a continuidade e qualidade do serviço de coleta seletiva em Barretos”.  Também informa que “a definição dos critérios e moldes desta nova licitação será discutida em conjunto com a equipe de transição do próximo governo municipal, com o objetivo de alinhar o processo às diretrizes e prioridades da futura gestão”.

Interessante salientar que em nenhum momento o SAAE define prazo para a retomada de um serviço essencial, muito menos os “critérios e moldes” a serem exigidos na futura licitação.

A autarquia é responsável pela gestão dos resíduos sólidos domiciliares de Barretos desde outubro de 2017 e cabe um questionamento: não seria possível oferecer ao menos um local (ecoponto) para que os barretenses pudessem entregar os materiais recicláveis ao invés de simplesmente descartá-los como lixo “comum”? Afinal, a coleta seletiva promove a sustentabilidade, reduz o impacto ambiental, economiza recursos naturais e financeiros. É uma prática que beneficia tanto o meio ambiente quanto a sociedade, mas que parece não ser muito levada a sério no Brasil de modo geral e em Barretos em particular.