Nossa Senhora Aparecida, a Mãe restauradora da Fé
O Diário - 12 de outubro de 2024
Rosa Carneiro é empresária e presidente da Academia Barretense de Cultura
Compartilhar
Desde o ano de 1717, quando foi encontrada por três humildes pescadores no Rio Paraíba do Sul, a imagem de Nossa Senhora de Aparecida é para nós, povo brasileiro, muito mais do que um emblema nacional e é, sim, um sinal, um memorial que atualiza a presença da Virgem Santa Maria na história do nosso país e em nossa história, solidificando a presença de Cristo no cotidiano da nossa fé a serviço do Reino de Deus.
A pesca em dois momentos da pequena imagem de terracota – corpo e depois cabeça – poderia ter sido vista pelos humildes pescadores como um sinal de azar, pois, naquela época, o povo pobre e simples tinha a ideia de que imagem quebrada atraía azar e, por isso, não eram restauradas, mas sim, descartadas.
O que levou então os três pescadores a recolherem a imagem quebrada de Nossa Senhora da Conceição Aparecida?
Talvez o simples desejo de ter em casa uma imagem da Virgem Maria ou a certeza de que, quando levamos Maria para nossas casas, para o nosso ambiente de trabalho e para o nosso meio social, tudo muda, pois Maria é a Mãe que está atenta às nossas necessidades. Ela nos convida a uma experiência profunda e restauradora com Jesus, aquecendo os nossos corações com a chama da esperança.
Desde a pesca da imagem de Aparecida, os sinais de restauração se fizeram presentes na história de nossa Mãe Padroeira. Os peixes que, naquele dia, eram escassos, tornaram-se abundantes, o rio que era imprestável tornou-se útil, o sonho de liberdade dos negros escravos transformou-se em realidade e a utopia da construção de um novo país consolidou-se em uma nação.
Por meio da mensagem restauradora de Aparecida, a Virgem Santa Maria nos ensina a consolidar em nosso país os sólidos valores do Evangelho.
A Virgem Santa Maria é um sinal precioso do amor que Deus tem por nós. Ela é, de algum modo, um sinal da ternura, do carinho e da misericórdia de Cristo que nos alcançam. Por ser uma bondosa Mãe, Ela nos faz perceber que, em nossa caminhada da fé, não podemos ficar acomodados, pois ficar parados, em termos espirituais, é regredir. Ela nos ensina também que, quando nossa alma está em pedaços, é necessário passarmos por uma restauração espiritual e humana que envolve sobretudo nossa participação no sacramento da reconciliação e a retomada da vida de oração que nos faz perceber que “se alguém está em Cristo, é nova criatura”. E é nessas coisas novas que precisamos acreditar e estar sempre aos pés de Nossa Senhora Aparecida.
Rosa Carneiro é empresária e presidente da Academia Barretense de Cultura