Todo candidato precisa do voto de todos. Vale o voto do eleitor que torce para outro time, tem signo diferente, vegetariano ou churrasqueiro, direita ou esquerda, alto ou baixo, gordo ou magro, bonito ou feio. Voto não tem cor e agora, que é eletrônico, não tem letra.

Nenhum candidato deve “refutar apoio e nem descartar voto”. A essência da política está em ter convicções e ser aberto às pluralidades. A diversidade está na base da democracia. A ditadura não quer debate, opinião e conscientização. Quem apoia tem o direito de escolha, definindo sua adesão e aliança. Quem é apoiado tem o dever de acolher sempre, mas o direito de estabelecer os limites “morais e éticos”. A política mostra que “nunca é para sempre”, permitindo que numa campanha adversários ferrenhos possam no novo pleito ser aliados declarados. Os exemplos são notórios nas cidades, estado e país.

As pesquisas políticas permitem apontar “influenciadores” de campanha. Cada vez mais é preciso entender que a dinâmica eleitoral, política e econômica estabeleceu patamares diferentes. O influenciador eleitoral não é mais necessariamente o sujeito local, mas nacional. O aliado mais importante ocupa eventualmente participação virtual e não presencial. Nem todo aquele que se julga “dono de curral eleitoral” pelos seus êxitos passados – e também fracassos históricos – tem a força e o poder imaginados.

As eleições barretenses pedem sempre reflexão do cidadão. Jovem ou idoso, cristão ou não, crente ou ateu, pobre ou rico. Homem ou mulher. O eleitor nem sempre fica ciente dos “conchavos” e “reuniões fechadas”, encontros diversificados e pregações em templos que não são igrejas. Mesmo assim, a paixão pela cidade, o amor pela comunidade e o acordar pessoal para a realidade, independente de se considerar otimista ou pessimista, oferecem a virtude da lealdade, sabendo que “o conhecimento é uma construção, uma produção humana”.