O dia em que o Barretos caiu
O Diário - 21 de março de 2023
O dia em que o Barretos caiu
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O futebol profissional tem uma norma decisiva. Sem dinheiro não rola. O time pode ser bom ou ruim, o cartola pode ser esperto ou fraco, a torcida animada ou apatia. Há grande diferença. Mas em todas as condições envolvendo jogadores, dirigentes e torcedores, a peça fundamental no futebol profissional é a grana. E custa caro.
O Barretos amargou dia 18 de março um momento triste de sua história. A queda da equipe da A-3 para a divisão B-1 – talvez seja A-4 – é resultado de fatores dentro e fora do campo. Um time que tomou 10 gols em duas partidas, cavou seu rebaixamento. Um time que perdeu 3 jogos em casa e venceu apenas uma partida fora está condenado a cair. O time no certame foi um vexame sequencial.
A diretoria barretense conseguiu “prodígios” para levar o BEC durante a temporada. As vitórias do Sertãozinho em São José e da Votuporanguense em casa contra o Rio Preto fazem parte da “caixinha” de surpresas do futebol. Ao longo do campeonato, o BEC fez 15 jogos, com 4 vitórias, 4 empates e 7 derrotas. O time marcou 17 gols e levou 28, com saldo negativo de 11 tentos. O Touro acumulou 16 pontos ganhos e teve 35,6% de aproveitamento.
A decepcionante campanha no torneio da Federação Paulista de Futebol 2023 registrou raros momentos extraordinários. A vitória por 3 a 1 contra o São José no Estádio Fortaleza e o gol da vitória por 2 a 1 em São Bernardo. Gabriel Zanini chutou do campo de defesa aos 95 minutos e marcou um gol antológico. Vitória de virada.
O BEC rebaixado implica em repensar o futebol profissional em Barretos. Mais do que encontrar culpados, buscar inovação, transformação e criação. Sem dinheiro não se toca futebol. A lição é dura, amarga e triste. O Touro do Vale foi rebaixado.