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O guarda chuva verde – arborizar é preciso  – Parte 1

O Diário - 4 de fevereiro de 2025

O guarda chuva verde – arborizar é preciso  – Parte 1

Marco Antonio Teixeira Correa 

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Com as já conhecidas e nem sempre aceitas por muitos, as mudanças climáticas levam a inúmeros debates e discussões além de mexer com o mundo acadêmico e cientistas. Um artigo “Greenspace and human health: An umbrella review”, publicado em 2021 e assinado por cientistas americanos, australianos e chineses (https://doi.org/10.1016/j.xinn.2021.100164), mostra o quanto é importante a arborização.

Temos que o espaço verde mitiga os riscos ambientais como poluição do ar, ruídos e temperatura que são conhecidos fatores de risco bem documentados para inúmeros problemas de saúde. Os autores colocam a teoria da redução do estresse e restauração da atenção ao propor que o espaço verde dá a oportunidade de restaurar a atenção, aliviar o estresse e melhorar o relaxamento.

Andando pela nossa cidade nos deparamos com áreas abertas que poderiam receber árvores de médio e grande porte dentro de um projeto que vise melhorar a cobertura vegetal e assim criar um contra ponto às ilhas de calor, teríamos ilhas verdes, espaços arborizados e, lógico, bem cuidados com alguns equipamentos para que as pessoas possam melhor aproveitá-los, evitando a ocupação irregular e desordenada.

Como exemplo cito o grande espaço vazio na avenida dos Coqueiros - sentido Joquei Club, logo após a rotatória, bem em frente a provável nova sede da prefeitura municipal. Ali poderia ser projetada uma grande área arborizada utilizando árvores de médio e grande porte que criariam um ambiente agradável, seria como um parque público aberto a população, podendo comportar alguma estrutura, sem exageros para usufruto de todos, tendo como objetivo maior a criação de uma área verde exuberante. O mesmo vale para o canteiro central da mesma avenida. Ali também seria muito bem vindo um projeto de arborização similar. Um olhar especial também nessa área da avenida dos Coqueiros com relação a ocupação desordenada por vendedores, trailers , quiosques que podem descaracterizar o espaço em nada acrescentando, repetindo o acontecido em outros locais de nossa cidade.

Na rua 16 esquina com a avenida 31 também temos um grande vazio, área que não deveria ser ocupada por conta do leito do córrego ali canalizado, mas arborizada seria uma continuação da praça da Primavera, local hoje que já vem tendo uma boa frequência.

Criaríamos ilhas verdes que, além de todas as vantagens já abordadas, seriam sem dúvida áreas de absorção de água em períodos de chuvas mais intensas. Áreas como estas existem em toda a cidade e deveríamos pensar em ter, em cada uma delas, um projeto de arborização. Não podemos esquecer que não basta plantar, é preciso cuidar de maneira adequada destes espaços, caso contrário não haveria sentido em tê-los.