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O impacto do movimento antivacina na saúde

O Diário - 1 de fevereiro de 2024

O impacto do movimento antivacina na saúde

Yasmim Macedo Sato estudante do 4º período do curso de Medicina da FACISB, orientada por Patricia Modiano

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As vacinas geram a produção de células de defesa chamadas de anticorpos, que ao entrarem em contato com substâncias estranhas ao organismo (antígenos), podem ocasionar a doença de forma branda, assintomática ou o não desenvolvimento da enfermidade. Todo o processo de produção das vacinas advém de muitos estudos e testes para que ela seja liberada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) e desse modo, a garantia da qualidade, segurança e eficácia que caracterizem que os benefícios superem os riscos. 

Entretanto, há movimentos antivacinas que fragilizam o controle de doenças preveníveis. A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura vacinal melhorasse. Cada vacina apresenta uma taxa de cobertura vacinal, que corresponde a porcentagem de população que deve ser vacinada para evitar a propagação em massa de determinadas doenças e gerar a “imunidade de rebanho”. Por isso, ao se vacinar, o indivíduo está protegendo a si mesmo e beneficiando a saúde de toda a comunidade.

Além disso, esse movimento contemporâneo tem ocasionado a reemergência de doenças, como o sarampo. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, o sarampo estava erradicado no Brasil desde 2016, mas ao final de 2018, perdeu o certificado de erradicação devido aos surtos da doença que ocorrem até os dias atuais. Assim, a redução da cobertura vacinal contribui para retorno de doenças já erradicadas.  

Logo, o movimento antivacina é uma ameaça à saúde global e torna-se indispensável repensar estratégias para propagação de informações verídicas, desmistificando fake news e incentivando a vacinação para todos os públicos.