O que é preciso saber sobre o culto aos santos
Diocese de Barretos - 8 de outubro de 2024
O que é preciso saber sobre o culto aos santos
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(Por: Diácono Lombardi)
Uma das primeiras utilidades que se pode atribuir ao culto aos santos é a de, por meio deles, alcançarmos de Deus muitas graças. Ao honrá-los com súplicas e intercessões para que as dirijam a Deus, é por sabermos que, já estando tão próximos a Ele, como seus verdadeiros amigos nas glórias celestiais, eles podem conseguir o que pretendemos, se o for da vontade de Deus.
A melhor maneira de os honrar, no entanto, é com a imitação de suas virtudes. “Honrar os santos sem os imitar, é lisonjeá-los de modo mentiroso”, nos ensina Santo Agostinho. Para isso, é necessário conhecê-los, através da busca de informações sobre as suas vidas e obras, que sempre encontramos em livros biográficos e, atualmente, isso se tornou muito mais fácil e rápido com pesquisas na internet.
O culto dos santos não é uma diminuição do culto devido a Deus. Aliás, é até muito diferente, porque a Deus adoramos – é o significado do termo “latria” = adoração. Ao venerarmos os santos – “dulia” –, inclusive com suas relíquias, imagens, impressos etc, o estamos fazendo por causa de Deus; não os honramos como Deus, mas como servos e filhos muito queridos de Deus, pois souberam em sua existência anterior, aqui na Terra, praticar o seguimento de Jesus Cristo como autênticos discípulos de seus ensinamentos.
Ao se ajoelhar diante de suas imagens, todos os católicos sabem que não é um gesto de adoração, mas uma súplica que lhes fazemos com esse gesto de humildade, pois também sabemos que estamos sempre sujeitos à vontade de Deus, que tudo o que faz é bom e sempre sabe do que precisamos, mas quer que peçamos, até mesmo com insistência e perseverança. Esse é o sentido de procurarmos esses amigos e filhos de Deus, que já estão junto a Ele, para que reforcem os nossos pedidos.
Tomá-los como padroeiros de comunidades e preservar as suas memórias é uma tradição milenar, desde os primórdios do cristianismo. Os primeiros cristãos já notavam com esmero o dia da morte de seus mártires, a fim de poder festejá-los em todos os anos. Centenas de milhares de igrejas e capelas, em todo o mundo, os assumiram dessa forma, dando seus nomes a elas, e grandes cidades, inclusive metrópoles, têm há séculos seus nomes instituídos. Nos dias de se celebrar cada padroeiro, as comunidades se esforçam para realizar grandiosas festas e concorridas procissões que, na verdade, tudo se resume “ad majorem Dei gloriam”, como tão bem nos lembrou Santo Inácio de Loyola.
Agora o que convém ressaltar é que, dentre todos os santos e santas, a mais sublime é a Mãe Santíssima de Deus, para quem praticamos uma “hiperdulia”, ou seja, uma veneração, um culto, superior a todos os demais, por ser aquela que está mais próxima da Santíssima Trindade: “A Jesus por Maria”.