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O Ser Humano é a única criatura convidada à imortalidade

Diocese de Barretos - 14 de novembro de 2024

O Ser Humano é a única criatura convidada à imortalidade

O Ser Humano é a única criatura convidada à imortalidade

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(Por: Diácono Lombardi)

Quando dizemos “Creio em Deus, criador do céu e da terra”, professamos, por nossa fé, que toda a criação em todo o universo não surgiu de si mesma, nem do acaso. E continua a existir porque Deus assim o quer e a mantém a cada instante. Sem Ele, não existiria vida. À diferença de tudo, que precisa de algo pré-existente, Deus não precisou de ninguém nem de qualquer coisa, mesmo porque nada existia.

A criação é bela, prática, útil. Por isso os homens podem reconhecer o traço de Deus nas suas criaturas, mesmo que não saibam nada sobre Ele. “Partindo da grandeza e beleza das criaturas, pode-se chegar a ver, por analogia, o seu Criador.” (Sb 13,5).

Demorou muito para surgir o ser humano na face da terra. Como na expressão literária da Bíblia, foi só no sexto dia. Mas, em compensação, foi a criatura que fez à sua própria Imagem e Semelhança, ou seja, dotado de Inteligência e Vontade livre (Liberdade ou livre arbítrio). O Ser Humano foi criado “homem e mulher”, para que sejam companheiros um do outro e somente juntos possam transmitir a Vida.

Deus quis confiar ao Ser Humano o cuidado da criação, de seu habitat, a Terra e tudo que puder conquistar, desde que respeitando as leis divinas. Desobedecê-las, traz a destruição, a corrupção e a morte. Infelizmente, é nesse ponto que entra o poder destruidor do homem, tão capacitado para descobrir, inventar e criar coisas maravilhosas e úteis, mas também eficiente no poder de causar o mal tanto a si mesmo, como aos outros e à Terra.

O Ser Humano quis também ser como Deus. Queria ele mesmo decidir o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado. Não depender de Deus em suas escolhas. Ter o poder de estabelecer leis contrárias às do Criador. Só Deus, porém, pode estabelecer o que é certo e o que é errado. Essa pretensão do homem ser igual a Deus fez com que a desordem entrasse no mundo. Essa desobediência foi chamada de “pecado das origens”, ou “pecado original”.

Esse tipo de pecado ainda existe hoje, da seguinte forma; muitas pessoas continuam querendo viver sem Deus, não precisar d´Ele, e elas mesmas querem usar a Liberdade (dada por Deus!!!) para decidir por si o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado. Para elas, já não são as leis divinas que valem, mas as que elas criam para suas vidas, e assim agem.

Com o pecado original estando presente em toda a humanidade, desde então ficamos impossibilitados de entrar em comunhão com Deus, e a porta dos céus foi fechada para todos. Deus, no entanto, sempre tendo compaixão do Ser Humano, envia o seu Filho como Salvador, para redimi-lo e convidá-lo novamente à felicidade plena com Ele por toda a eternidade.