O tempo quaresmal barretense
O Diário - 9 de março de 2025

O tempo quaresmal barretense
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O tempo quaresmal constitui para todos renovada experiência de conversão e de profunda reconciliação com Deus. A frase do Santo Padre João Paulo II na quarta-feira de cinzas de 2002 ainda hoje soa clara e objetiva. O processo de reconciliação proposto pela quaresma tem caráter religioso, mas também permite despertar para novas posturas de convivência social, de interesse fraternal e desenvolvimento geral.
A quaresma pode ser período de desafio para a comunidade, um chamado intenso à conversão na relação com o divino e no trato com o próximo. Mais do que sacrifícios e penitências, a quaresma é um tempo que caminhar sereno e persistente para a libertação interior. A quaresma indica o jejum de palavras negativas e o cultivo das mensagens produtivas. O jejum de descontentamento e uma renovação de gratidão. O jejum de raiva e o motivar da mansidão e da paciência. O jejum de pessimismo e um mobilizar de esperança e otimismo. O jejum de preocupações e abertura na confiança na misericórdia divina. O jejum de queixas e um despertar para as coisas simples da vida. O jejum de tensões e um renovar de orações. O jejum de amargura e tristeza e um exaltar da alegria e humildade. O jejum do egoísmo e um alavancar de fraternidade. O jejum de violência e um cultivar de reconciliação. O tempo da quaresma começou.
Na medida em que as propostas quaresmais ultrapassam o âmbito religioso da igreja e oferecem desenvolvimento pessoal, familiar e empresarial, abrem campo para uma nova cultura de paz e segurança, de equilíbrio e igualdade, liberdade e fraternidade. Em 2025, particularmente, uma atenção está sendo dada para a “ecologia integral”. Nada mais oportuno que ver Barretos como “a casa comum” que acolhe a todos e precisa ser cuidada com zelo e carinho.
A quaresma promove o assimilar em plenitude o lema do brasão: somos todos irmãos.