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O valor do apoio e o peso do cargo

O Diário - 17 de agosto de 2024

O valor do apoio e o peso do cargo

O valor do apoio e o peso do cargo

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O sistema de reeleição para o executivo é cercado de dúvidas, de incertezas e impasses, especialmente pela “cultura do eleitor” de um lado e o procedimento dos políticos de outro. Entretanto, é inquestionável que o chefe do executivo disputando reeleição está sendo “julgado pelas urnas” sobre seu governo, em busca de aval para um novo mandato.

O conceito vale para Barretos e Washington, Bebedouro e São Paulo. A prefeita barretense não disputa reeleição e Joe Biden está fora da corrida norte americana. Na capital da laranja e na capital bandeirante, os atuais ocupantes da cadeira do executivo estão no páreo eleitoral. São candidatos à reeleição.

O apoio dado por quem ocupa o executivo a um candidato em 6 de outubro tem valor expressivo, não apenas pelos impactos da máquina pública, mas pela capacidade de articulação e procedimentos legais e administrativos. Entretanto, a ausência física na opção de votação direta, não serve para “quantificar efetivamente” a avalição do governo.

Se o candidato apoiado pela prefeita vencer as eleições de 2024, não fica “investigada” a avaliação de sua gestão. O mesmo se pode dizer em caso de derrota do candidato preferido e apoiado no pleito.  A urna apura o candidato que disputa objetivamente.

O apoio pode gerar transferência de voto, porém não tem a magia de identificar aprovação a gestão, até porque todo candidato precisa “juntar adesão diversa”, não podendo ser julgado pelos erros e acertos dos apoiadores.

Há talvez caso de exceção, para confirmar a regra. Uma zona eleitoral aqui, outra acolá, em virtude das peculiaridades da cidade e sua gente. O caso barretense sinaliza a “surpresa” da ausência de Paula Lemos como candidata à reeleição – apesar de justificada e fórum íntimo. A política exige que seja “cabo eleitoral”, apontando tanto quem apoia como identificando quem rejeita. Claro porém que o resultado não é avaliação de seu governo. Talvez no futuro.