Dom Milton Kenan foi no Centro de Informações e Cultura Dom José de Mattos Pereira dia 6 de outubro para avaliar o processo eleitoral barretense. A palavra muito carinhosa, amiga e pastoral sobre a “política do bem comum”. O bispo lembrou que seu pai foi prefeito municipal na época do governador Laudo Natel e teve um tio – Nadir Kenan – deputado estadual.

- Uma observação de dom Milton Kenan chamou a atenção. O bispo elogiou a dignidade da gestão de Paula Lemos.

A prefeita enfrentou a “pandemia da covid”, depois uma enchente devastadora e em seguida uma seca avassaladora, colocando em colapso o abastecimento de água da cidade.

Há uma delicada situação política em Barretos. Os três prefeitos anteriores a Paulo Lemos tiveram problemas com “a lei da ficha limpa”. Uebe Rezeck não pode chegar ao pleito, barrado pela justiça eleitoral. Emanoel Carvalho teve sua inscrição negada, afastado da disputa de 2024. Guilherme Ávila, eleito em 2012 e reeleito em 2016, está barrado por ficha suja.

A decisão de Paula Lemos em não disputar a reeleição é de foro íntimo e não por ferir a lei da ficha limpa. No atual contexto barretense, a observação é importante e deve ser considerada.

Por fim, vale a pena observar como toda eleição retrata o momento, que há mudanças de nomes, quem ganhou agora perdeu, quem perdeu agora ganhou. A gangorra da política barretense é sinal que o “vento sobra onde e quando quer”.

Luiz Antônio Monteiro é conselheiro do Inbrac