PEC da Saúde é aprovada na Assembleia Legislativa
luis.martins - 28 de novembro de 2024
Aprovação da PEC teve 59 votos favoráveis em sessão da Assembleia Legislativa (Foto: Rodrigo Romeo/Divulgação Alesp)
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A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Governo de São Paulo que flexibiliza o repasse de até 5% da receita estadual da Educação para a Saúde foi aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A PEC recebeu apoio de 59 deputados.
A Constituição Federal prevê a vinculação de 25% da receita para a Educação. A lei estadual excedia a determinação ao estipular mínimo de 30% para a área. A PEC aprovada pela Alesp permite que esses 5% excedentes sejam compartilhados, no todo ou em parte, com a Saúde. Ficará a cargo do Executivo decidir a cada ano qual das duas secretarias deverá receber o valor, de acordo com a necessidade de cada uma.
INVESTIMENTOS
Não haverá redução de custeio ou investimentos para as escolas estaduais administradas pela Secretaria de Educação (Seduc), nem das unidades de Etecs e Fatecs ou das universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp). Ao contrário, o Governo de São Paulo aumentou em R$ 3 bilhões os investimentos para a pasta entre 2023 e 2024, um acréscimo de 8% em recursos.
O secretário da Educação, Renato Feder, explica que a medida não resultará em cortes no orçamento da Educação. De acordo com Feder, os 25% estipulados pela Constituição Federal continuam garantidos e áreas como infraestrutura, equipamentos, salários de professores e alimentação escolar não serão afetadas.
MUDANÇAS
A proposta de flexibilização se baseia na necessidade de o Estado se adaptar às mudanças demográficas dos últimos 35 anos, com envelhecimento da população, diminuição da taxa de fertilidade e natalidade, além do aumento de doenças crônicas.
Ao mesmo tempo em que o sistema de saúde é pressionado por essas demandas, observa-se uma diminuição gradativa do número de matrículas de crianças na rede estadual nos últimos anos. Em janeiro de 2015, cerca de 3,8 milhões de alunos se matricularam na rede estadual. Em janeiro de 2024, foram 3,3 milhões, uma queda de mais de 15%.