Pode ser coronel, pode ser palhaço
O Diário - 15 de setembro de 2024
Pode ser coronel, pode ser palhaço
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A legislação eleitoral permite que todo candidato adote seu apelido, sua profissão ou atividade. Isto implica em aparecer em campanha os “nomes” mais divertidos, estranhos ou populares. Vale o número para a urna eletrônica. Existe porém um mecanismo para usar expressões para ofensa, para ataques ou até mesmo “caricatura”. Se há candidato a prefeito que faz campanha assegurando ser “coronel”, onde existe major na chapa, se há candidato ao legislativo com alcunha de “palhaço”, por que tem caráter pejorativa a “acusação” ofensiva para postulante ou eleitor?
O caso ganhou repercussão nas redes sociais, nas campanhas e redutos eleitorais, porque a prática do “coronel” não vem alinhada com a área de segurança pública, mas de “ditador”, independente dos serviços comunitários prestados e oferecidos. O mesmo se pode dizer da denominação de palhaço fora do contexto de circo e picadeiro, considerando o indivíduo como desprovido de seriedade, de responsabilidade e desconectado.
A “tática eleitoral” ganha novo impulso com a proximidade do pleito de 6 de outubro. A partir de agora, todo eleitor está convocado a ficar mais antenado, atento e astuto, para discernir o que é fake News, o que é verdade, as ligações demagógicas e as alianças estabelecidas.
Campanha eleitoral não é campo sem regra, guerra fratricida, ausência de bom senso, permitindo “detonar pontes” indicadoras do desenvolvimento e do crescimento. A política que faz “inimigos” nunca gera resultados nem a médio e muito menos ao longo do tempo.
Nada de general de campo, nem domador de leões, nem quartel e nem circo. Eleição é momento de colocar a “cidade” no caminho da liberdade, da democracia e da cidadania.