Investigadores encontraram conteúdo de pornografia infantojuvenil

A Polícia Civil em Barretos numa operação conjunta entre a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), prendeu em flagrante na terça-feira (18), um fotógrafo profissional de 66 anos por crimes relacionados à produção e armazenamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

A prisão ocorreu durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, após minucioso trabalho investigativo que apontou fortes indícios da prática criminosa.

Durante as buscas na residência do suspeito, na região central, os investigadores encontraram farto material ilícito armazenado em dispositivos eletrônicos, incluindo um aparelho celular e um HD externo.

“Imediatamente assim que chegamos para cumprir o mandado, esse indivíduo confessou que armazenava conteúdo de pornografia infantojuvenil no seu celular e num HD externo que estaria em sua residência. Diante disso, com autorização judicial manuseamos esses equipamentos e constatamos que havia conteúdo de pornografia infantojuvenil, motivo pelo qual ele foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento de pornografia infantojuvenil”, confirmou o delegado Rafael Faria Domingos.

Segundo a polícia, o investigado atuava profissionalmente como fotógrafo na região e especializava-se em ensaios com menores, poderá responder pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Apuramos ainda que esse indivíduo produzia imagens de pornografia infantil, fotografando sem o consentimento das vítimas, crianças e adolescentes nas vias públicas. Agora as investigações prosseguem para apurar se ele difundia ou comercializava esse material. Ele é funcionário público, agente de saúde, num posto de saúde do município, e além disso fazia como “bicos” na atividade de fotógrafo, inclusive produzindo ensaio de crianças e adolescentes, o que gera uma preocupação maior e uma necessidade de aprofundamento das investigações”, concluiu o delegado.

De acordo com o artigo 240 do ECA, a produção de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente prevê pena de reclusão de 4 a 8 anos, além de multa.

O armazenamento desse tipo de conteúdo, previsto no artigo 241-B do mesmo estatuto, pode resultar em reclusão de 1 a 4 anos, também com aplicação de multa.

Todo o material apreendido será submetido à perícia técnica especializada para identificação de possíveis vítimas e análise da extensão dos crimes praticados.

As investigações prosseguem para determinar se há outras pessoas envolvidas e se o material era compartilhado ou comercializado.

O investigado foi encaminhado à Cadeia Pública de Colina, onde permaneceu à disposição da Justiça.