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Poluição atmosférica e as doenças pulmonares crônicas

O Diário - 15 de outubro de 2024

Poluição atmosférica e as doenças pulmonares crônicas

Carolina Minari Ittavo, estudante do 6º período do curso de medicina da FACISB, orientada pela profª Ludmila Pereira Barbosa dos Santos

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O aumento recente do registro de queimadas no Brasil traz preocupações em nível ambiental e da saúde. Podemos nos questionar como a emissão de partículas pode afetar indivíduos com doenças respiratórias, buscando medidas para prevenir exacerbações. 

As queimadas emitem partículas classificadas por tamanho. As partículas maiores se depositam no trato respiratório inferior, comprometendo os mecanismos de defesa e gerando inflamação, levando a exacerbações de doenças respiratórias. Estudos mostram que incêndios em grande escala, como na Indonésia, resultaram em aumento de casos de asma e infecções respiratórias pela fumaça inalada. As áreas afetadas no Brasil também poderão apresentar aumento de hospitalizações devido à poluição, impactando a saúde da população.

A asma é uma doença inflamatória agravada por poluição, tabagismo, fatores ocupacionais e mudanças sazonais. O tratamento deve ser adaptado às circunstâncias de cada paciente, sendo crucial a eliminação de fatores que exacerbem a condição. Além do aumento de idas à urgência, as queimadas podem gerar mudanças a longo prazo, como a diminuição da capacidade pulmonar.

 Essas evidências ressaltam a importância de políticas públicas eficazes para a redução da poluição do ar e medidas de prevenção em saúde. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia estabeleceu medidas para proteção da saúde pulmonar em situações de queimadas. Entre essas medidas estão: aumentar a ingestão de água; usar máscara de proteção respiratória (N95/PFF2 ou equivalente) ao sair de casa; evitar atividades físicas ao ar livre; manter janelas e portas fechadas para limitar a entrada de fumaça; realizar melhorias no ambiente domiciliar com umidificadores e limpezas frequentes. Destaca-se a importância da continuidade do tratamento médico e, em casos de dificuldades respiratórias, a busca por atendimento imediato. Todas essas ações, individuais e coletivas, visam diminuir os impactos negativos das queimadas na saúde respiratória, evitando riscos, especialmente para indivíduos com doenças respiratórias.

Carolina Minari Ittavo, estudante do 6º período do curso de medicina da FACISB, orientada pela profª Ludmila Pereira Barbosa dos Santos