Palavras invariáveis

Há palavras que são empregadas como elementos de ligação. As preposições essenciais estão entre elas, porque são palavras invariáveis que conectam dois termos. Nessa ligação, cria-se uma relação de subordinação, isto é, de dependência, na qual o segundo termo se subordina ao primeiro. O subordinante é também nomeado como regente, ao passo que o subordinado é igualmente conhecido como regido. Ao ligar um termo subordinante a um subordinado a preposição estabelece certas relações.

As relações que as preposições estabelecem entre termos podem ser: de modo, como em “Chegar aos gritos”; de lugar, como em “Parar ante o altar”; de tempo, como em “Sair após o jantar”, entre outras. Nesses três exemplos, especificamente, é possível perceber que o termo regente está à esquerda da preposição, enquanto o regido, à direita. Logo, as preposições nesses casos são, respectivamente: “a”, “ante” e “após”.

Há um grupo de dezoito preposições que atende pelo nome de essenciais. Elas são assim classificadas porque sempre foram preposições: a, ante, após, até... com contra, de, desde, em... entre, para, per, perante... por, sem, sob, sobre, trás! Sim, dezoito preposições que devem fazer parte do repertório de qualquer usuário da língua portuguesa. Isso mesmo, devem! Aliás, decorar as preposições essenciais é relativamente fácil, basta empregar um mnemônico, ou seja, cantá-las, utilizando a melodia da música: “Pirulito que bate-bate”.

Um mnemônico é uma técnica que facilita a memorização de informações por meio de associações criativas, como frases, siglas, rimas, músicas ou imagens. Por essa razão, a melodia da música “Pirulito que bate-bate” é frequentemente empregada como mnemônico, que entra como recurso de ritmo e repetição para que as pessoas de fato decorem todas as preposições essenciais. Essa estratégia ajuda a fixar a informação na memória ao criar um vínculo entre o conteúdo e o ritmo.

Portanto, as preposições essenciais do português são “ferramentas” indispensáveis à construção, bloco a bloco, termo a termo, de textos claros e precisos. Não importa a circunstância, provas, redações ou e-mails, conhecê-las garante mais objetividade e eficiência na comunicação de qualquer pessoa com o mundo! Assim, apreendê-las não é só mera questão de dominar uma regra do português, mas estar preparado quando esse mesmo mundo exigir que as empregue na escrita cotidiana, com segurança e eficácia em qualquer situação.

Prof. Luciano Borges é doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais.