Não são novidades os estragos causados pelas chuvas ou pela seca severa em Barretos, situações que demandam grande volume de recursos públicos pelas consequências que provocam.

Também não é novidade o que ocorre, com frequência absurda, em dezenas de cidades brasileiras ou de outros países. Nos últimos dias, a destruição provocada pela chuva na região de Valencia, terceira maior cidade da Espanha, assustou o mundo ou pelo menos aqueles que ainda conseguem enxergar para além do negacionismo.

Os desastres climáticos, tão visíveis também em Barretos, demandam do poder público ações efetivas num setor que pouco se fala, ou que, num gesto deliberado, é simplesmente esquecido. Falar de meio ambiente – e da urgente necessidade de sua preservação – é algo que passa longe das agendas de governo. 

Aliás, o que se discutiu sobre o tema na recente campanha eleitoral barretense? Alguém se lembra do que qualquer candidato ao Executivo local propôs na área ambiental além do chavão – sempre repetido e nunca cumprido – do plantio de árvores e preservação de nascentes dos principais mananciais de água?

O novo governo municipal, que assume em 1º de janeiro, tem a oportunidade de mudar este triste cenário. Ou de apenas repetir a inanição e desprezo pela pauta ambiental que é marca registrada nas mais de 5 mil cidades brasileiras, cujas exceções somente confirmam a regra.