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Produzamos bons frutos

Diocese de Barretos - 23 de março de 2025

Produzamos bons frutos

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Por Dom Milton Kenan Júnior, Bispo de Barretos

Já havia um bom tempo de quando Jesus iniciou o seu ministério chamando todos à conversão. Este foi o primeiro apelo que o Mestre dirigiu aos que o ouviam: “Convertei-vos e crede no Evangelho. O Reino de Deus está próximo!” (Mc 1,14). Jesus sabe, portanto, que o mundo só se transformará se as pessoas se dispuserem à mudança. Deus não faz mágica. Se ao criar-nos ele não precisou da nossa cooperação, para salvar-nos ele não a dispensa. À medida que o tempo passa Jesus vê que as pessoas não dão atenção ao seu convite, como ele desejava. Muitos vêm escutá-lo, mas não se abrem a mensagem que Ele transmite. Jesus, porém, insiste. É urgente a mudança. É preciso mudar antes que seja tarde. Certa vez ele conta uma pequena parábola. O proprietário de um terreno plantou uma figueira no meio da sua vinha. Ano após ano ele vinha buscar fruto e nunca encontrava. Sua decisão parece a mais sensata: a figueira não dá fruto e está ocupando terreno inutilmente; o mais razoável é cortá-la. Mas o encarregado da vinha reage de maneira inesperada. Por que não a deixar mais algum tempo? Ele conhece aquela figueira, viu-a crescer, cuidou dela, não quer vê-la morrer. Ele próprio se compromete em dedicar mais tempo e cuidar mais dela, para ver se dá fruto. O relato termina deixa em aberto o destino daquela figueira. Na parábola é a figueira que decide a sua sorte. Enquanto isso receberá mais cuidado do que nunca desse vinhateiro que nos faz pensar em jesus, “aquele que veio buscar e salvar o que estava perdido”. Esta figueira simboliza a todos nós que ouvimos a palavra de Deus, que participamos da vida da Igreja, que recebemos os sacramentos. É preciso que produzamos bons frutos pois se há algo que jamais falta é o cuidado que o vinhateiro Jesus nos dedica. Precisamos reagir antes que seja tarde. Adiar para depois pode ser uma escolha equivocada. Pode acontecer que nos falte o amanhã. Jesus respondendo aqueles que perguntavam de quem era a culpa pela morte dos que foram assassinados por Pilatos ou tinham sido vítimas da queda da torre de Siloé, diz que não era culpa de ninguém, mas esses fatos lembravam o quanto é necessário deixar de adiar a conversão, pois pode acontecer conosco o que aconteceu com aqueles que foram vítimas de uma sorte cruel. Neste tempo quaresmal acolhamos o convite à conversão. É sempre hora de começar. Amanhã poderá ser tarde demais! Bom domingo.