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Quando a saudade é muito forte

O Diário - 16 de fevereiro de 2025

Quando a saudade é muito forte

Quando a saudade é muito forte

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Cada pessoa humana tem uma saudade na linha de vida, na estrutura interior, constituída pela jornada individual, com seus conceitos e jeitos, valores e amores, relacionamentos e conhecimentos.

A saudade de alguém revela distância, no tempo e no espaço. Algo que ficou no lugar do que não está. O vazio é ocupado por uma experiência diferente, provocando um procedimento que nem mesmo se consegue explicar corretamente.

Algumas vezes, a saudade é fruto do falecimento. Outras vezes, a saudade é fonte de isolamento. Vive, mas no eterno. Vive, mas num infinito distante. Ora pela morte, ora pela vida, nem a tecnologia é instrumento para fazer presente o que está no coração de modo profundo e intenso.

Um escritor mineiro afirmou que “saudade é solidão, melancolia, nostalgia, recordar, viver”. Um compositor carioca garantiu que “a saudade é dor pungente, a saudade mata a gente”. Uma canção escrita por uberabense lembra que “saudade palavra triste quando se perde um grande amor”.

Todo barretense é chamado a “discernir” a saudade, para encontrar razão propulsoras do desenvolvimento de espiritualidade renovada. Um processo para entender que a saudade não é somente do amor que se foi, mas uma força efetiva e afetiva que deixou um legado, uma história, marcas fortes e vivas. A saudade capaz de nutrir, de gerir e construir novas noções de fé, esperança e caridade.

Se a saudade é tristeza por um lado, a sua outra face é despertar a alegria da graça misericordiosa de Deus para o cotidiano de cada um.