Ainda sob o impacto e luto pela morte de Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, sentindo-me órfã de meu orientador espiritual, dado que o acompanhava ao máximo em suas homilias, audiências públicas, suas falas em viagens, seus escritos, afago meu coração já saudoso refletindo sobre algumas das muitas impressões que ele me deixou e que aqui compartilho, agradecida. 

Em três pontos sintéticos acredito que poderíamos nos lembrar terna e eternamente deste Papa do século XXI, primeiro latino-americano, argentino, adotando o nome Francisco, e resgatando a Boa Nova de Jesus Cristo, a Igreja em aberto do Papa João XXIII, e apontando o Maior de Maria. 

Extremamente Humano, Espiritualizado, com senso raro de política e economia, Papa Francisco resgatou o lugar de Jesus Cristo na Igreja Crista Católica. Seguindo o Filho do Homem, Deus Filho, o Messias, Papa Francisco trouxe os Movimentos Sociais para dentro do Vaticano, e se dedicou pessoalmente aos mais carentes, empobrecidos, excluídos, marginalizados. 

Ele próprio dando continuidade a sua simplicidade desde seus votos sacerdotais, manteve-se o mais próximo possível das criaturas de Deus, desde a própria Natureza vegetal ate a Natureza humana: povos originários todos, africanos, povos de todas etnias, cores, culturas, nacionalidades e sexualidade. 

Assim sendo e se comportando, Papa Francisco fez jus ao nome escolhido para seu papado. Bem como ter escolhido sua tumba fora da Basílica de São Pedro, não foi capricho ou acaso. Sua insistência em apontar para a importância da Mulher na Igreja, na sociedade, na família, levou-o a testemunhar a prioridade dada a Basílica de Santa Maria Maggiore. Antes e depois de cada viagem sua, por lá passava. Ao sair de suas internações hospitalares, por lá passava. 

“É a mulher que leva adiante o mundo”, é a mulher o primeiro espaço morfogênico do ser, a mãe, cuja até mesmo Jesus Cristo a teve. Enquanto Papa Francisco já estará descansando na eternidade dentro da Basílica de Santa Maria Maggiore, apenas cardeais estarão em Conclave dentro da Basílica de São Pedro, para a escolha de mais um Papa.