Recordo-me de que, na década de 50 ou 60, o escritório de planejamento e desenvolvimento dirigido pelo Padre Albino Aresi aqui de Barretos, diagnosticou que o futuro de nossa economia estaria centrado na citricultura. Não deu outra, com a pecuária mudando de eixo em nossa região, tornamo-nos um grande centro produtor de laranjas.

Mas, no entanto, perdemos para Colina a oportunidade de industrializar nossa promissora produção cítrica. Se o boi passou, pois o pioneiro frigorifico Anglo tornou-se apenas um centro processador da carne e o Minerva que atualmente é um dos líderes mundiais no setor pode transferir sua matriz para o exterior, nossos laranjais estão dando lugar à cana-de-açúcar e atualmente, apesar de sermos celeiro na sua produção, não possuímos uma sequer usina produtora de álcool ou açúcar.

As usinas estão nos municípios de Guaira, Colômbia, Guaraci, Olimpia e Colina, ao nosso redor.

Por tudo isso urge identificarmos qual a nossa verdadeira e atual vocação econômica, pois não adianta ficarmos parados no tempo e no espaço para depois chorar pela perca do protagonismo regional.

Nesse caminho, uma das vertentes que antevejo, aproveitando da estrutura que já possuímos, seria na prestação de serviços, industrialização e geração de empregos com novas conquistas na área da saúde.

De fato, não podemos olvidar que a inteligência artificial corre célere para dominar ações, substituindo os humanos em pensamentos, atitudes e outras atividades. Assim, nesse diapasão, se já somos mundialmente conhecidos nos processos da cura clínica do câncer, se já estamos caminhando para a industrialização de próteses necessárias para substituição de órgãos e membros dos pacientes, porque não pensar na ampliação da indústria produtora de medicamentos e equipamentos capazes de dar suporte aos processos que gravitam ao redor dos procedimentos que dizem respeito ao seu atendimento.

EVARISTO ANANIA DE PAULA - Advogado. Promotor de Justiça Aposentado