A automedicação é o ato de usar um medicamento ou mais por conta própria, sem que haja recomendação ou supervisão de um médico ou farmacêutico. Esta prática é muito comum em vários países, inclusive no Brasil. Estima-se que aproximadamente 17% da população brasileira realize automedicação.

Dados mostram que entre os principais motivos do uso da automedicação são para tratar dores que acometem a cabeça, a barriga ou os músculos. Nesses casos, os principais medicamentos usados foram analgésicos, como uma forma de aliviar dores sentidas por esses indivíduos.

Os analgésicos mais usados no brasil são o Dipirona e o Paracetamol, medicamentos que são encontrados para venda livre nas farmácias do país. No entanto, por mais que esses medicamentos possam ser comprados facilmente, eles não são livres de danos aos usuários quando administrados de maneira abusiva, incorreta ou por um longo período. Os principais riscos do uso abusivo da dipirona são a redução da quantidade de células do sangue, como as hemácias, provocando anemia, e das células de defesa, aumentando o risco de infecções. Já o uso indiscriminado de paracetamol pode levar a hepatite medicamentosa, quadro grave que pode ser fatal. Por isso, ao se usar medicamentos, mesmo que de venda livre, é recomendado consultar antes um profissional qualificado para evitar possíveis problemas causados por usá-los de forma incorreta.

Giovanna Mendes Duarte, estudante do 4º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Lucas Borges Pereira