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Sinto muita dor de cabeça! O que pode ser? Devo me preocupar?

O Diário - 14 de janeiro de 2025

Sinto muita dor de cabeça! O que pode ser? Devo me preocupar?

Yasmim Macedo Sato, estudante do 6º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Eduardo Marcelo Cândido

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A cefaleia, popularmente conhecida como “dor de cabeça”, é uma queixa muito comum na população, especialmente entre as mulheres. Mas o que poucos sabem é que ela pode ter inúmeras causas e apresentações, que exigem diagnósticos e tratamentos específicos. 

Há dois tipos de cefaleias, as primárias e as secundárias. As cefaleias primárias são aquelas ligadas diretamente a sua causa e podem ser de três tipos: 1) Tensional, mais comum, classificada como uma dor em aperto leve a moderada e bilateral; 2) Enxaqueca, que é intensa, unilateral e pulsátil, podendo estar associada a náuseas, vômitos, aura, histórico familiar e episódios recorrentes, normalmente possuindo fatores desencadeantes como bebidas, alimentos, privação de sono e estresse; e 3) as cefaleias trigeminoautonômicas caracterizada por dores unilaterais insuportáveis associadas a sintomas oftalmológicos do mesmo lado da dor, como hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, edema (inchaço), alterações palpebrais e miose (contração das pupilas). Já as cefaleias secundárias são aquelas dores de cabeça desencadeadas por outra doença, como infecções, aumento da pressão intracraniana, tumor cerebral, intoxicações, hidrocefalia e hemorragias. Nestes casos, tratar a etiologia da cefaleia é a prioridade, já que são quadros mais complexos que muitas vezes devem ser acompanhados por um neurologista. 

Por isso, é importante ficar atento aos sinais de alerta da dor de cabeça, que são variados e podem incluir sinais sistêmicos como: intoxicações, rigidez de nuca, exantemas (manchas avermelhadas pelo corpo), presença de déficits neurológicos focais, edema de papila, convulsão, dor de cabeça de início súbito, entre outros sintomas, para que o paciente seja encaminhado para a realização de um exame de ressonância magnética de encéfalo ou uma tomografia. 

Enfim, é necessário que ao sentir dores de cabeça o paciente busque uma avaliação na atenção primária e, caso encontre sinais de alarme, verifique junto ao profissional de saúde se há necessidade de encaminhamento para um neurologista.