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Todo eleitor tem necessidades objetivas

O Diário - 2 de agosto de 2024

Todo eleitor tem necessidades objetivas

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Todo eleitor barretense pode questionar todo candidato, de forma direta ou indireta, vendo sua postura, ouvindo sua fala e até mesmo com quem está e anda. Eleitor não pode chegar diante das urnas com dúvidas e incertezas, contrariando sua consciência, seu discernimento e sua inteligência. Todo eleitor tem direito a pedir clareza aos candidatos para vereador e para prefeito. Mais do que encontrar um candidato perfeito, completo e heróico, procurar um representante no sistema democrático que alinhe suas necessidades imediatas, seus sonhos futuros e preserve sua cultura e dignidade.

Eleitor não é massa de manobra. Em campanhas eleitorais, há espaços diferentes. O “cabo eleitoral” exerce uma atividade política profissional, trabalhando em campanha como voluntário ou remunerado, de modo virtual ou presencial, com tarefa partidária a cumprir, meta a atingir e visão de campanha.

Eleitor não se enquadra neste perfil. O eleitor não tem compromisso com candidato, nem mesmo sendo parente ou colega de serviço. O eleitor não é egoísta, não é mercenário e não é altruísta. O eleitor tem a cada campanha eleitoral como um “tempo privilegiado” para conhecer a comunidade, ampliar o leque de consciência sobre os problemas da cidade, perceber as motivações e até mesmo sua índole, tendo oportunidade real de aprofundar a visão do lugar em que vive. O mais importante é que a campanha eleitoral é um período – relativamente curto e prazo fixado em 6 de outubro – para cada eleitor vivenciar seu interior, suas angústias e anseios, sua vocação e sua intuição.

Votar aparece então mais como ato de encontrar a si mesmo antes de escolher um outro. A eleição é um exame pessoal de consciência, compromisso e discernimento político, humano, social, cívico e espiritual.