Um abalo emocional comunitário
O Diário - 21 de fevereiro de 2025
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Um abalo emocional comunitário
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O jornalista Luis Otavio Martins admitiu para amigos e colegas da imprensa que há muito tempo não observava “tensão emocional latente” na cidade, quando passou pelo centro. A Central de Polícia Judiciária investigava a morte de um advogado de 37 anos, ocorrida no interior de um escritório na rua 18 com a avenida 13. O corpo da vítima foi encontrado numa sala onde ocorreu incêndio. Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e SAMU foram mobilizadas para atendimento da ocorrência. O redator chefe do Grupo Monteiro de Barros contou que recebeu “imagens e comentários nas redes sociais”, com volume, rapidez e conteúdo impactantes.
Um barretense morador na capital paulista contou que “está com medo” de circular nas ruas da metrópole. O sentimento foi agravado dia 13 de fevereiro, quando um ciclista de 46 anos foi abordado por duas pessoas em uma moto na área externa do Parque do Povo, no Itaim Bibi, zona sul da capital. O ciclista foi morto friamente com um tiro no pescoço.
O barretense ficou chocado com a tragédia no centro e os paulistanos estão com medo da violência urbana. Os cuidados de segurança podem ser diferentes nas cidades médias e nos grandes municípios. Entretanto, o resgaste da defesa da vida está no eixo principal, zelando pelos aspectos sociais, econômicos e culturais.
O que se pode observar é a aproximação da violência, cada vez rondando mais próxima, mais intensa e mais agressiva, tanto nas famílias, como nas escolas, parques e vias públicas.
Sempre é possível encontrar “vacinas” diante de situações “epidêmicas”. A questão da violência, falta de segurança, medo e angústia envolve políticas públicas e ações de entidades sociais, assistenciais, igrejas, imprensa e redes sociais. O mutirão da esperança deve fomentar o ano jubilar de 2025.