O Ozempic (Semaglutida) é um medicamento indicado para o tratamento de indivíduos que possuem Diabete Melito tipo 2, ou para os que possuem a condição de obesidade e necessitam de um auxílio farmacêutico para perder peso. No entanto, seu uso está sendo popularizado entre pessoas que não se encaixam nesses contextos, e, para evitar problemas sérios, é crucial entender os riscos associados à prática inadequada. 

O remédio se assemelha a uma enzima presente principalmente nas células do intestino humano chamada GLP-1, que, em contato com o alimento, começa a desempenhar suas funções. No pâncreas, ocorre o aumento da liberação de insulina, um hormônio que atua na diminuição nos níveis sanguíneos de glicose, e inibição da secreção do hormônio glucagon, o qual é responsável por aumentar os níveis de açúcar no sangue. Esses dois hormônios agem em conjunto a fim de obter um controle de glicose adequado para o funcionamento do organismo. Em pacientes diabéticos, essa regulação é disfuncional, e por isso o fármaco é necessário.

Além disso, essa medicação atua nas células do estômago, diminuindo a velocidade do esvaziamento gástrico, e nas células do sistema nervoso central, especialmente no hipotálamo, no centro responsável pela regulação do apetite. Esses dois efeitos resultam na sensação de saciedade prolongada, reduzindo ingestões calóricas. Logo, a Semaglutida também é uma solução potente para quem possui obesidade (determinado pelo índice de massa corporal – IMC).

A utilização de tal remédio pode acarretar efeitos colaterais significativos, como náuseas, vômitos, alteração do trânsito intestinal e fraqueza. Para diminuir esses efeitos sua dose deve ser titulada, ou seja, iniciada com dose mínima com aumento conforme necessidade (a dose final irá depender da indicação da medicação). Por isso, é essencial buscar orientação médica antes de considerá-lo para fins de emagrecimento.