Vitamina D em excesso: o perigo do uso indiscriminado!
O Diário - 2 de novembro de 2024
Gabriela Silva Cabral, estudante do 6º período do curso de medicina da Facisb, orientada pela profª Larissa Donadel Barreto Sargentini
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As vitaminas são substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo, atuando como parte de diversos processos metabólicos necessários para a sobrevivência. A sua suplementação ganhou destaque na última década, especialmente depois da pandemia do COVID-19, prometendo uma vida mais longa e saudável. Entretanto, o seu consumo sem a devida orientação médica, trouxe à tona um preocupante fenômeno, a “hipervitaminose”, uma condição causada pela quantidade excessiva de vitaminas no corpo. Eventos como esse estão muito relacionados com o uso indiscriminado de vitamina D, que pode causar danos à saúde.
A vitamina D é um componente adquirido naturalmente através da exposição solar e alimentação - ovos, peixes e derivados do leite. A sua presença está intimamente relacionada aos níveis de cálcio e fósforo no sangue. Por conta disso, os seus benefícios não podem ser negados e, em doses adequadas, promove a saúde óssea e muscular, além de melhorar a imunidade. Todas essas vantagens só são possíveis porque existe um sistema de equilíbrio no organismo que controla a quantidade de cada um desses compostos, mas, que é invalidado pela suplementação abusiva da vitamina D.
Quando o paciente faz uso indiscriminado da vitamina D, ela se torna tóxica, causando um aumento exagerado de cálcio no sangue. É essa quantidade excessiva de cálcio que provoca danos à saúde, podendo levar a complicações cardiovasculares, renais, gastrointestinais, neurológicas e musculoesqueléticas. Existem alguns sintomas que se deve ficar atento, já que podem ser os primeiros sinais de que algo está errado como, náusea, vômito, pressão alta e desidratação. Os danos causados durante esse processo, podem ser irreversíveis e por isso é importante ter cuidado com o uso dos suplementos.
Dessa forma, mesmo sabendo que os suplementos de vitamina D estão cada vez mais disponíveis e podem ser comprados em farmácias sem receita médica, é importante que o seu uso seja sempre acompanhado por um profissional da saúde para que possa ser indicado em momentos e doses adequadas. Vale ressaltar também que há predileção de prescrição pela suplementação oral quando comparada com a forma injetável.
Gabriela Silva Cabral, estudante do 6º período do curso de medicina da Facisb, orientada pela profª Larissa Donadel Barreto Sargentini